sábado, fevereiro 23, 2008

Sobre Dívidas

SOBRE DÍVIDAS

Fiquei bastante otimista ao ler nos jornais que o Brasil vira credor da dívida externa e que isso acontece pela primeira vez em nossa história. Se quisesse, o Brasil pagaria tudo e ainda sobrariam quatro bilhões de dólares. UAU!
Porém, como alegria de pobre pouco dura, especialistas, entre eles o economista Raul Veloso, afirmam que não é interessante para o Brasil quitar a dívida, uma vez que ela é um indicador usado para balizar o risco de um país. Resumindo, ao invés de pagar a dívida e se livrar dela que se arrasta desde 1824, (como nação o Brasil já nasceu com dívidas. O Imperador Pedro I pediu empréstimo externo para cobrir dívidas da colônia – ver o caderno Economia do jornal O Globo de 22/02/08 – pg 25), é melhor mantê-la, pois só assim, consegue-se visibilidade na comunidade econômica internacional; assim reza a cartilha dos especialistas.
Mas, será que essa mesma comunidade não poderia estabelecer uma relação entre país com desenvolvimento visível e não devedor, significar país merecedor de crédito, caso assim o necessite, e de investimentos?
Aqui, uma outra dúvida: será que essa “vitória” brasileira “nocauteando” a dívida externa não traz em seu bojo uma derrota contundente para a dívida interna? Não tenho a resposta, mas tenho uma afirmação: sempre quem acaba perdendo é o povo brasileiro, desinformado, com olhos que não vê, com boca que não fala...

PS. : Eu sempre pensei que comprar à vista e /ou pagar dívidas antes do vencimento, fosse uma atitude positiva. Quem age assim, dentro do possível, deve continuar fazendo, pois desse modo evitará cair na armadilha das contas impagáveis, como tem sido as contas do Brasil.
Que história é essa? Ter que continuar devendo, para assegurar a garantia de crédito e investimentos, eu vejo como esperteza demais dos que tem mais dinheiro e sabem ser um excelente negócio continuar emprestando.