quinta-feira, maio 04, 2006

Desperdício de dinheiro (cont.)

DESPERDÍCIO DE DINHEIRO, (CONTINUAÇÃO)

A repercussão da reportagem do “O Globo”, a respeito da farra do combustível por parte de alguns políticos, foi muito grande , que até podemos dizer que abalou os alicerces da classe política. Volto a esse tema, por considerá-lo por demais relevante e também porque, acredito que além desse caso existem muitos outros assuntos que devemos discutir e resolvê-los de maneira objetiva em prol de nossa sociedade.

Muito se pode extrair desse episódio a partir do posicionamento dos próprios parlamentares:

1) Não só nessa questão, como em muitas outras, de interesse do nosso povo, vemos a atuação firme dos (as) Procuradores da República através do Ministério Público apontando falhas e denunciando irregularidades, de modo que devem contar com o apoio total e irrestrito de todos nós; deveríamos, mesmo, sempre que possível, alardear nossa posição de apoio, em relação à esses funcionários;

2) Deputado critica matérias sobre farra dos combustíveis

O deputado Cabo Júlio (PMDB-MG) foi ao plenário da Câmara protestar contra a divulgação da lista dos parlamentares que gastam altas somas com combustíveis. No discurso, ele exigiu que a Mesa da Câmara tome providências para punir os jornalistas que, segundo ele, estariam generalizando e tentando colocar no mesmo balaio os 513 deputados.
Recentemente, no episódio das charges do profeta Maomé feitas pela imprensa européia que gerou forte reação do povo islâmico, o que mais se falou foi que a liberdade de imprensa deve ser respeitada. Concordo, embora considere que a liberdade de expressão não seja um valor absoluto e por isso mesmo pense como José Saramago que disse que liberdade tem limites e compromisso de responsabilidades no espaço onde atua, conforme escreveu Augusto Marzagão, no jornal “O Globo”, em sua coluna intitulada “Liberdade“,do dia 24/04/06.

São episódios completamente diferentes: no primeiro caso trata-se de uma informação sobre o descaso com o dinheiro público por parte de alguns políticos. Isso, não só deve ser denunciado como impedido. Para tanto devemos prestar atenção no trabalho do ministério público, apoiando e incentivando sempre; a imprensa deve ter total autonomia para cumprir sua função em casos como esses, principalmente em países democráticos como o nosso. Sem discussão.
No episódio das charges, pode-se discutir se liberdade de imprensa inclui brincar com o sentimento religioso de um povo.





O deputado Cabo Júlio também protestou contra a decisão da Mesa de discutir a mudança da destinação da verba indenizatória, por causa da suspeita de uso de notas frias pelos parlamentares para justificar os gastos. O corregedor da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI) sugeriu que a verba para combustíveis seja limitada a R$ 4,5 mil mensais.

"... A Mesa tem o dever de punir os jornalistas da Rede Globo que estão fazendo essa generalização", reclamou Cabo Júlio.

Ele ainda reclamou das críticas com os gastos em passagens aéreas. "Querem o quê? Que nós venhamos trabalhar de bicicleta?", protestou.

Verba indenizatória, verba para combustíveis, auxílio moradia, etc...Vocês não concordam que esteja ocorrendo um desperdício de dinheiro, (considerando a famosa relação custo / benefício), e que esteja na hora de reduzir os custos com políticos no Brasil?

Já que citamos o deputado cabo Júlio como a voz que se levantou, entre os políticos, contra a atuação da imprensa, vamos citar também o que disse o deputado do PFL Francisco Rodrigues a respeito de seu próprio envolvimento no caso:

“O que é de direito, não enjeito”

Esta frase proferida pelo deputado, referindo-se à gastança que pratica com combustível, nos dá bem a idéia de que precisamos estar mais atentos ao que motiva nossos parlamentares nas elaborações das leis. Nós, participantes de um regime em que vigora a democracia representativa, esperamos que criem leis que defendam realmente nossos interesses, nos representando, e não leis que nos cause indignação.


Mudando de assunto, quais serão as conseqüências da nacionalização do gás e do petróleo, na Bolívia, pelo presidente Evo Morales?

No mundo globalizado de hoje, as relações entre países democráticos, passam pelo cumprimento dos contratos. No entanto, deve ser duro para um presidente realmente preocupado com seu povo, vê-lo mascando folha de coca para aplacar a fome, enquanto outros países se beneficiam de recursos naturais de seu país.

Também não podemos nos esquecer que o Brasil está para a Bolívia, assim como os Estados Unidos está para o Brasil, ou seja, é uma relação de um país rico e forte com outro pobre e mais fraco.

A lição que fica desse episódio, qualquer que seja seu desfecho, é que em uma relação entre dois países soberanos, ambos devem ser beneficiados, ou seja, o povo desses países deve prosperar sempre, tanto o do mais rico quanto o do mais pobre, caso contrário, não faz qualquer sentido esse relacionamento.

3 comentários:

Anônimo disse...

Quanto ao acompanhamento do trabalho dos promotores, sugiro dois sites:

http://www.mp.rj.gov.br/

www.pgr.mpf.gov.br/

Anônimo disse...

Quanto ao gás na Bolívia, o problema maior, que não pode ser aceito, é a invasão pelo exército. As coisas têm que ser negociadas. Violência gera...

Anônimo disse...

completando o q o cláudio disse...
violência gera violência!
e isso não é legal.
quero paz no mundo!
vcs viram a reportagem sobre a Suíça no "Fantástico"?
Lá é um exemplo a ser seguido!